O que acontece quando o meu nome fica sujo? Conheça as principais consequências
Saiba o que acontece com as novas regras do consignado privado.
Quando um consumidor não paga uma determinada dívida, ela pode ser informada, pelo credor, aos órgãos de proteção ao crédito. A partir desse momento, outras empresas podem consultar essa informação, obtendo um retorno negativo em relação ao bom histórico financeiro daquela pessoa. Basicamente, isso significa, no jargão popular, que aquele cliente está com o seu nome sujo.

Os órgãos de proteção ao crédito são instituições privadas que existem justamente com o objetivo de ajudar as empresas a decidir quando elas podem, ou não, conceder crédito para um determinado cliente, reduzindo assim os riscos das operações. Apesar de serem organizações privadas, elas precisam obter devida autorização do governo para atuar nesse segmento e obedecer às leis sobre o tema.
O fato é que existe uma série de consequências para as pessoas a partir do momento em que elas passam a ter o seu nome sujo. Antes de mais nada, existem as consequências legais que podem vir a surgir a partir do momento em que a empresa decide acionar judicialmente o devedor. Mas, antes disso, as consequências administrativas surgem no dia a dia de quem está devendo.
Conheça quais são as principais consequências que surgem para as pessoas que estão com o seu nome sujo:
Dificuldade para conseguir qualquer tipo de crédito
Muitas pessoas acabam pensando apenas em determinadas linhas de crédito quando escutam esse termo. Por exemplo, o empréstimo ou então os grandes financiamentos. Mas os consumidores que estão com o seu nome sujo também acabam tendo dificuldades com outros tipos de operações que envolvem crédito.
Por exemplo, o cartão de crédito, que nem sempre é visto como uma linha de crédito especificamente, acaba se tornando muito mais difícil de ser aprovado para quem está com o nome sujo. Pequenos crediários em estabelecimentos varejistas também podem acabar sendo negados a partir do momento em que o consumidor estiver com o nome sujo.
Juros mais altos
Ainda assim, existem instituições financeiras que, seguindo sua própria estratégia de marketing ou de negócio, oferecem determinadas linhas de crédito para as pessoas que estão com o nome sujo. Isso acontece não apenas em virtude da grande concorrência no mercado financeiro, mas principalmente para atender a uma grande parcela dos consumidores nessa situação.
Mas isso acaba tendo um preço — normalmente bem alto para os consumidores. As taxas de juros desses empréstimos ou financiamentos podem acabar sendo muito mais altas do que as cobradas nas operações oferecidas para os clientes com o nome limpo.
Isso ocorre justamente como uma forma de compensar a empresa por estar assumindo um risco de negócio muito maior ao abrir a possibilidade de crédito para quem está com dívidas em seu nome.
Redução do score
O score é, atualmente, um sistema de pontos utilizado pelos órgãos de proteção ao crédito que visa retratar, com mais facilidade, a vida financeira daquele cliente e os reais riscos de ele vir a deixar de pagar uma determinada conta. Ele foi criado não apenas para prejudicar os consumidores com um histórico negativo, mas também para diferenciar aqueles que possuem um histórico positivo, com a possibilidade de obter oportunidades de crédito específicas.
Quando o nome do consumidor está sujo, acontece uma redução drástica nessa pontuação. E mesmo depois que o consumidor paga suas contas, ele demora um pouco para conseguir recuperar os pontos que tinha antes de sujar o nome. Isso acontece justamente para que a pontuação consiga retratar um histórico, e não o retrato de um momento isolado.
Dificuldade de alugar imóveis
Essa é uma consequência que nem sempre os consumidores levam em consideração a partir do momento em que deixam de pagar uma determinada conta, e que pode acabar se tornando bastante grave. Há uma dificuldade para quem está com dívidas ativas em seu nome de alugar imóveis.
O problema se torna ainda mais evidente a partir do momento em que as pessoas tentam alugar imóveis por meio de imobiliárias e locatários que utilizam contratos tradicionais de locação. E o motivo é, basicamente, a desconfiança de que essa pessoa conseguirá manter os pagamentos dos aluguéis em dia, a partir do momento em que não consegue quitar suas próprias contas.
Restrições no mercado de trabalho
Esse é um tema bastante polêmico, mas que precisa ser abordado diante do que acontece na realidade. Apesar de não existir nenhuma regra ou lei que possa ser utilizada para impedir que um determinado candidato com nome sujo assuma uma posição de trabalho, isso acontece com uma certa frequência.
Muitas empresas fazem essas consultas ao SPC e ao Serasa durante o processo seletivo e podem acabar desclassificando os candidatos com o nome sujo, especialmente em vagas e trabalhos que envolvem diretamente o manuseio de dinheiro.