6 dicas de consumo consciente para ajudar a organizar as finanças
Controlar a forma como o dinheiro é gasto é uma das principais formas de melhorar a saúde financeira como um todo.
Mudar a relação que cada indivíduo possui com o dinheiro está entre as principais metas estabelecidas pelas próprias pessoas. Hoje em dia, vivemos em uma sociedade completamente voltada ao consumo, com muitas ofertas de produtos e serviços que antes não eram encontrados pelas pessoas que viviam há décadas.

Isso faz com que muitas pessoas não tenham o menor controle sobre as suas finanças, gastando mais do que ganham, não conseguindo criar reservas financeiras e acabando por perder muito da sua liberdade. Afinal de contas, em uma sociedade puramente capitalista, o dinheiro realmente é importante justamente para que as pessoas consigam ser independentes.
Mas um dos principais erros cometidos quando o assunto é educação financeira é o foco excessivo em ganhar mais. Aumentar os rendimentos é importante, mas é apenas uma parte da equação. De nada adianta ter mais dinheiro entrando na conta sem uma educação voltada ao consumo consciente.
Confira algumas dicas importantes para exercitar o consumo consciente e começar uma mudança importante na vida financeira:
Invista em autoconhecimento
Para começar a mudar qualquer tipo de comportamento, é muito importante que as pessoas invistam tempo e recursos na busca pelo autoconhecimento. Pode parecer uma dica vazia de qualquer livro de autoajuda, mas ela se torna fundamental a partir do momento em que as pessoas percebem que, na sua grande maioria, elas não se conhecem.
Boa parte do consumo do dia a dia, por exemplo, acontece por uma espécie de compulsão misturada com uma pressão social. Ao investir em autoconhecimento, as pessoas podem aprender o que realmente é importante para elas, o que poderá levar a escolhas mais conscientes.
Fuja dos gatilhos mentais
As pessoas estão enfrentando um embate constante. Por um lado, existem os indivíduos com suas aspirações e com sua própria realidade; do outro, uma indústria de consumo que deseja vender o tempo todo. E, nessa luta, são utilizadas as mais variadas armas. Ao conhecer o “inimigo” com mais profundidade, as pessoas poderão enfrentá-lo com menos desvantagem.
Para vender, essas empresas utilizam gatilhos mentais poderosos. Eles aparecem basicamente nas formas como os produtos e os serviços são oferecidos. Dentre os gatilhos mais utilizados estão o de escassez (“últimas vagas disponíveis”), o de urgência (“adquira agora mesmo e não perca seu desconto”) e também o de reciprocidade (“ganhe um brinde ao atingir R$ 1 mil em compras”).
Mas é importante ressaltar que um gatilho gera uma reação imediata no nosso cérebro, mas é possível controlar a ação de resposta. Conhecer as técnicas é o primeiro passo.
Entenda como o dinheiro entra e sai
Quando as pessoas param para pensar em orçamento, a grande maioria pensa apenas na quantidade de dinheiro que cai na conta quando o salário é liberado e nas principais contas que precisam ser pagas. Esse conhecimento é muito raso e impede que as pessoas criem um planejamento mais efetivo.
É fundamental entender como o dinheiro circula na vida de cada pessoa e, a partir dessas características, é possível definir outras etapas do orçamento e do controle financeiro.
Defina um teto de gastos
É fundamental definir um limite máximo de dinheiro que pode ser gasto em cada uma das categorias. Esses limites são mais facilmente definidos a partir do momento em que as pessoas conseguem se conhecer melhor e também fugir dos gatilhos que podem levar à compra por impulso.
Lembrando que o consumo consciente não deve ser visto como uma restrição, mas sim como assumir responsabilidade pelas decisões tomadas em relação à vida financeira.
Antecipe as emergências
Algo que faz parte do consumo consciente — e de um planejamento financeiro como um todo — é justamente entender que emergências acontecem e que as pessoas precisam estar preparadas. Do contrário, sempre que elas ocorrem, os indivíduos perdem completamente o controle do seu dinheiro, uma vez que as necessidades mais básicas precisam ser supridas.
Para isso, ao fazer um planejamento, as pessoas já devem considerar um valor para poupança, que deve ser destinado justamente para algum tipo de investimento.
Crie metas pensando no futuro
Quando falamos em emergências que podem acontecer, estamos pensando no futuro de forma pessimista, mas tomando uma atitude de precaução. Também é importante pensar no futuro de forma positiva, com foco nas metas e objetivos.
Ao definir conquistas e os lugares onde as pessoas querem chegar, o cérebro se prepara para enfrentar os mais variados desafios que surgirão durante as mudanças de hábitos. Além disso, as metas também servem especialmente para que as pessoas consigam entender se o planejamento e o orçamento estão, de fato, funcionando.