5 Ações recomendadas pela Ágora para maximizar sua renda passiva
Descubra quais são as 5 ações com maior potencial de dividendos segundo a Ágora Investimentos, com yields projetados de até 11,4% para 2025, incluindo análises detalhadas de CPFL e Copasa.
A Ágora Investimentos manteve sua carteira recomendada de dividendos sem alterações, apostando na continuidade de bons pagamentos aos acionistas. A seleção inclui cinco empresas de setores defensivos com dividend yields projetados entre 6,8% e 11,4% para 2025, representando alternativas interessantes em um cenário de juros ainda elevados.
A estratégia da corretora privilegia companhias com baixa alavancagem financeira e previsibilidade de receitas, características essenciais para a manutenção de pagamentos consistentes aos acionistas. Segundo os analistas, os dividendos podem funcionar como um "colchão de proteção" contra a volatilidade do mercado, especialmente em momentos de incerteza econômica.

Confira a carteira completa recomendada pela Ágora:
Empresa | Ticker | Dividend Yield 2025 |
---|---|---|
BB Seguridade | BBSE3 | 9,8% |
CPFL | CPFE3 | 11,4% |
Copasa | CSMG3 | 10,5% |
Itaú | ITUB4 | 6,8% |
Vivo | VIVT3 | 8,2% |
CPFL: Liderança no Setor Elétrico com Dividendos Robustos
A CPFL Energia (CPFE3) destaca-se como uma das principais recomendações da Ágora, com dividend yield projetado de 11,4% para 2025 - o maior da carteira. Os analistas classificam a companhia como uma empresa de alta qualidade dentro do setor elétrico brasileiro, com governança corporativa fortalecida pelo controle da chinesa State Grid.
"Em nossa visão, os dividendos da CPFL continuam atraentes e podem ajudar a mitigar os riscos do cenário macroeconômico brasileiro. Estimamos o rendimento na casa de 9-10% para 2025, um dos maiores em nossa cobertura e, o mais importante, sustentável no longo prazo sem pressionar a alavancagem", destacam os analistas da Ágora.
A elétrica apresenta operações saudáveis que geram fluxo de caixa consistente, permitindo a distribuição de proventos sem comprometer investimentos futuros. Com base nas estimativas revisadas, as ações da CPFL são negociadas a uma TIR (taxa interna de retorno) real implícita de 9%, representando um spread de 1,3 ponto percentual em relação aos títulos NTN-B de longo prazo.
Para investidores focados em renda passiva, a CPFL deve continuar sendo um "veículo central" para navegar em um mercado potencialmente mais desafiador em 2025, segundo a análise da corretora.
Copasa: Eficiência Operacional e Dividendos Generosos
A Copasa (CSMG3), empresa de saneamento de Minas Gerais, aparece como segunda colocada em termos de rendimento projetado, com dividend yield de 10,5% para 2025. Segundo a Ágora, a companhia vem passando por significativas melhorias operacionais, resultado do foco da administração em contenção de custos e medidas de eficiência.
"Para este ano, estimamos dividend yield acima dos 10%, o que nos parece um nível atrativo e justifica o carrego da posição. Além disso, entendemos que em um cenário de juros altos, investidores devem priorizar empresas com alavancagem baixa e que possuam maior previsibilidade no faturamento", afirmam os analistas.
Um ponto adicional que pode trazer valor aos acionistas é a possibilidade de privatização. O governo de Minas Gerais parece comprometido com o processo, embora a Ágora não considere esse evento em seu cenário base de avaliação por ser difícil de precificar antecipadamente.
Os analistas veem as ações da Copasa sendo negociadas a uma TIR real implícita de aproximadamente 13%, o que representa um prêmio significativo em relação a outros ativos de renda fixa disponíveis no mercado. Esse diferencial de retorno, aliado à previsibilidade do negócio de saneamento, torna a empresa uma opção defensiva interessante.
BB Seguridade: Solidez no Setor de Seguros
A BB Seguridade (BBSE3) mantém sua posição na carteira de dividendos da Ágora com um yield projetado de 9,8% para 2025. A empresa, que atua nos segmentos de seguros, previdência e capitalização, beneficia-se da forte distribuição através dos canais do Banco do Brasil e de uma estrutura de capital extremamente conservadora.
O modelo de negócios da companhia, com baixa necessidade de reinvestimentos e alta geração de caixa, permite uma política de distribuição de dividendos generosa. A BB Seguridade costuma distribuir praticamente todo o lucro líquido aos acionistas, o que a torna uma das pagadoras mais consistentes da bolsa brasileira.
Além disso, o setor de seguros tende a se beneficiar do envelhecimento da população brasileira e da crescente conscientização sobre a importância de produtos de proteção financeira e previdenciária, criando ventos favoráveis para o crescimento sustentável da companhia no longo prazo.
Itaú: O Gigante Bancário com Dividendos Consistentes
O Itaú Unibanco (ITUB4) figura na carteira com o menor dividend yield projetado entre as cinco recomendações: 6,8% para 2025. Apesar do percentual mais modesto em comparação às outras indicações, o maior banco privado do Brasil compensa com a solidez financeira e a consistência nos pagamentos ao longo do tempo.
A instituição financeira tem histórico de distribuição de proventos mesmo em períodos desafiadores, como durante a pandemia. O banco também costuma complementar os dividendos regulares com juros sobre capital próprio (JCP) e eventualmente com programas de recompra de ações, aumentando o retorno total ao acionista.
Com a digitalização acelerada do setor bancário, o Itaú tem investido fortemente em tecnologia para reduzir custos operacionais e melhorar a eficiência, o que pode resultar em maior capacidade de distribuição de lucros no futuro. A diversificação geográfica, com operações em diversos países da América Latina, também contribui para a estabilidade dos resultados.
Vivo: Telecomunicações com Fluxo de Caixa Previsível
Completando a carteira recomendada, a Telefônica Brasil (VIVT3), que opera sob a marca Vivo, apresenta um dividend yield projetado de 8,2% para 2025. A empresa de telecomunicações se destaca pela geração de caixa recorrente e pela baixa necessidade de investimentos adicionais após anos de pesados aportes em infraestrutura.
O setor de telecomunicações é tradicionalmente defensivo, com receitas previsíveis baseadas em assinaturas mensais, o que proporciona estabilidade mesmo em cenários econômicos adversos. A Vivo tem conseguido expandir sua base de clientes em serviços de maior valor agregado, como fibra ótica e planos pós-pagos, melhorando suas margens operacionais.
A companhia também tem explorado novas avenidas de crescimento, como serviços financeiros e de streaming, que podem complementar o negócio principal sem exigir investimentos proporcionalmente elevados. Essa estratégia permite manter uma política de dividendos generosa enquanto busca oportunidades de crescimento.
Para investidores que buscam renda passiva com relativa segurança, a carteira de dividendos da Ágora Investimentos oferece opções diversificadas em setores defensivos. Com yields projetados entre 6,8% e 11,4% para 2025, essas cinco ações representam alternativas interessantes para compor uma carteira focada em geração de renda em um ambiente de juros ainda elevados.