10 dicas para mudar a sua vida financeira
Confira estratégias para lidar melhor com o dinheiro no dia a dia.
Uma vida financeira saudável é o objetivo de muitos brasileiros. Muitas, inclusive, acabam colocando essa meta como um dos objetivos e resoluções de virada de ano de milhões de pessoas, junto com perder peso. Mas ambas as tarefas se mostram, na prática, muito mais difíceis e complexas. E isso acontece basicamente por exigir mudanças drásticas, ao mesmo tempo bastante dolorosas.
Existe um conceito amplamente difundido que afirma o seguinte: as pessoas simplesmente não conseguem guardar dinheiro porque elas ganham pouco. Existe um fundo de verdade nessa afirmação, mas que pode acabar levando a uma ideia equivocada em termos de aplicação.
Essa frase acaba valendo, na prática, apenas para as pessoas que ganham uma enorme quantidade de dinheiro, os que pertencem ao 1% da população do planeta. Para o resto da humanidade, a dificuldade em guardar dinheiro acaba sendo a mesma, ou então passa a ser influenciada por fatores internos e externos.
Nesse aspecto, existe uma outra frase bastante difundida sobre o tema, que afirma o seguinte: quanto mais as pessoas ganham, mas elas gastam. E essa pode acabar sendo mais próxima da realidade da maioria dos brasileiros. Atualmente vivemos em um mundo de infinitas possibilidades de gastos, incentivadas e facilitadas pela tecnologia. Por conta disso, caso alguém tenha uma mentalidade focada nos gastos, ela vai conseguir facilmente gastar R$ 1 mil e R$ 50 mil por mês na mesma intensidade.
Portanto, de acordo com especialista, só existe uma forma de conseguir uma vida financeira considerada como saudável: mudar a mentalidade e conseguir pensar no dinheiro de uma forma diferente. E essa mudança de mentalidade vai preparar a pessoa para que ela consiga utilizar muitas das ferramentas e das estratégias consideradas fundamentais para controlar melhor a vida financeira.
Confira 10 dicas que vão ajudar a mudar a sua vida financeira definitivamente:
1 - Identifique onde é possível economizar
Um dos primeiros passos para conseguir mudar a sua vida financeira de uma forma definitiva é mudar a forma como encaramos os gastos no dia a dia. A grande maioria das pessoas acabam focando apenas na compra em si, mas esquecem de avaliar as oportunidades de economia que elas podem estar perdendo. E esse passo pode se tornar um divisor de águas para adotar outros tipos de comportamentos.
Existem diversos pequenos momentos do dia que podem se apresentar como uma oportunidade de economia. Será que realmente vale a pena pegar um Uber ao invés de utilizar o transporte coletivo ou dar uma caminhada? Será que realmente é necessário aquele salgado na padaria todos os dias de manhã? Partindo desses pequenos momentos as pessoas podem treinar o seu cérebro para que ele possa identificar oportunidades maiores e mais contundentes de economia.
2 – Aprenda a comparar de preços
Hoje em dia, as pessoas acabam deixando de economizar pelo simples motivo de não parar e comparar os preços dos mais variados tipos de itens consumidos no dia a dia. E hoje em dia, com a internet e o smartphone, os consumidores acabam tendo grandes oportunidades de economia com aplicativos feitos apenas para essa comparação.
Mas as pessoas também podem adotar o hábito de começar a comparar os preços no mundo offline. A comparação deve ser feita tanto na compra de produtos quanto na contratação de serviços, sempre levando em conta todos os gastos envolvidos na operação. De nada adianta, por exemplo, economizar R$ 50 nas compras em um mercado mais afastado de casa que vai fazer com que ela gaste o mesmo de gasolina no carro ou de transporte por aplicativo.
3 – Não tenha lista de desejos, e sim listas de necessidades
O desejo e o consumo andam de mãos dadas. Por isso que muitas empresas varejistas online acabam criando justamente as ferramentas de listas de desejos, nas quais as pessoas vão incluindo todos os itens que elas gostariam de ter, para que a própria loja possa utilizar estratégias de marketing e de publicidade para incentivar ainda mais a compra.
Mas algo que as pessoas precisam aprender a diferenciar no seu dia a dia é desejo de necessidade. E, para isso, elas devem se fazer uma simples pergunta: Eu realmente preciso desse item? É claro que não existe ninguém que vai conseguir abrir mão completamente das compras que trazem algum grau de satisfação, mas é importante deixar de utilizar as listas de desejos como se fossem listas de compras.
4 – Crie uma planilha com todos os gastos
Depois das mudanças de mentalidade, que ajudam a preparar o cérebro para que ele entenda a importância das ferramentas práticas de controle de gastos, é muito importante começar a colocar a mão na massa e tomar algumas atitudes para que a economia aconteça de fato. E uma das mais importantes é começar a anotar todos os gastos.
Mais do que uma simples forma de controle, anotar e visualizar todos os gastos é uma forma incisiva de fazer com que o cérebro entenda o quanto de dinheiro está sendo gasto naquele período. Muitas vezes as pessoas acabam tendo apenas uma noção do que elas gastam, mas não chegam nem perto do número real quando todas as contas são listadas.
E as planilhas eletrônicas acabam sendo interessantes nesses casos, pois elas contam com inúmeros recursos que ajudam a trabalhar com esses dados, e que s serão uteis mais adiante. Mas aquelas pessoas que não estão diariamente na frente do computador ou simplesmente não lidam muito bem com a tecnologia podem adotar o papel e caneta.
5 – Comece a pagar as dívidas
Não existe maneira de começar um planejamento financeiro que seja considerado efetivo com as pessoas cheias de dívidas. Portanto, caso elas estejam aparecendo em grandes quantidades na planilha de gastos, especialmente as parceladas ou as dívidas atrasadas, é muito importante iniciar um plano para a quitação das mesmas.
Como parte do planejamento, é interessante separar uma aba ou uma folha apenas para essas dívidas assumidas, mas que não são recorrentes. Feito isso, será preciso identificar aquelas que estão atrasadas ou que estão causando algum tipo de prejuízo. E a partir dessas informações, criar uma ordem de pagamento, sempre iniciando por aquelas que são as mais caras ou aquelas que poderão ser quitadas com um maior desconto.
6 – Trabalhe com metas
Ter uma vida financeira saudável deveria ser um hábito incorporado na vida das pessoas sem uma data de validade, assim como ter uma alimentação mais saudável. Mas quando estamos iniciando um caminho de mudanças, o cérebro acaba trabalhando, de uma forma mais efetiva, a partir do momento que são definidos objetivos e metas.
Essa é uma forma de falar para o cérebro de que todo o esforço que será feito vai ter uma recompensa ao final de um determinado período. Mas, para garantir a continuidade desse comportamento, será preciso sempre renovar esses objetivos e metas. Ao mesmo tempo que as pessoas não devem colocar metas que sejam muito difíceis de serem alcançadas, pois isso poderá se converter em frustração.
7 – Defina um valor mensal para economias
Uma outra mudança que deve ser feita por todas as pessoas que estão interessadas em adotar uma vida financeira mais saudável é realmente parar de pensar as economias apenas partindo dos valores que sobram no final do mês. É fundamental que as pessoas definam, como meta, um valor que será separado todos os meses e que será destinado para as economias.
Esse valor deve ser colocado na coluna de despesas fixas no planejamento financeiro, o que vai reduzir as chances de que esse dinheiro não seja aplicado de fato, da mesma forma que ele seria utilizado para o pagamento de um boleto, por exemplo.
Outra mudança de comportamento que deve ser colocada em prática é a ideia de que as pessoas só podem economizar quando elas conseguem juntar uma “grande” quantia de dinheiro. Começar economizando poucas quantias é sempre melhor do que simplesmente não começar a economizar nunca. Mas, com o passar do tempo, é importante focar no aumento dessa quantia.
8 – Tenha uma reserva de emergência
Ter uma reserva de emergência acaba sendo um dos passos mais importantes na organização de uma vida financeira melhor. O irônico é que, na grande maioria dos casos, criar essa reserva já exige que as pessoas tenham uma mudança na mentalidade, especialmente aquelas que gastam muito dinheiro todos os meses.
O ideal é que a reserva de emergência apareça como o primeiro grande objetivo de um bom planejamento financeiro. Essa reserva deve ser utilizada realmente em casos de emergências, de preferência aplicada em alguma opção de investimento que reponha, pelo menos, a inflação.
Como referência de valor, uma boa reserva financeira parte de, no mínimo, 6 meses de ganhos.
9 – Comece uma educação financeira
Com todas essas mudanças de comportamento, em um determinado momento as pessoas vão querer começar aproveitar melhor as oportunidades financeiras que se apresentam para elas, especialmente em relação as possibilidades de investimento que existem e que podem fazer com que o dinheiro renda mais.
Mas, para isso, será muito preciso investir tempo em uma educação financeira. Como esse é um assunto que normalmente não é visto nas escolas durante a formação básica, é importante que os adultos corram atrás desses conhecimentos. E, hoje em dia, com a internet, realmente as pessoas precisam investir apenas tempo.
10 – Comece a diversificar seus investimentos
A partir dos passos anteriores, com uma vida financeira organizada, uma reserva de emergência e uma possível experiencia com investimentos tradicionais e seguros, pode ser interessante dar um passo adiante e começar a pensar em outras possibilidades de investimentos.
O ideal é que as pessoas passem a considerar opções de investimento tanto de renda fixa quanto de renda variável, para que elas consigam tirar um pouco mais do dinheiro.