Margem do consignado: qual o valor previsto para 2025?

Saiba quanto deve ficar a margem para esses empréstimos no ano que vem.

Publicado em 26/11/2024 por Rodrigo Duarte.

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A margem do empréstimo consignado é um sistema importante para as pessoas que estão inseridas dentro dos perfis de clientes que podem ter acesso a essas linhas de crédito. Ela define basicamente quanto as pessoas podem solicitar nessas propostas, tanto em um único empréstimo como também em diversos contratos assumidos ao mesmo tempo.

Margem do consignado: qual o valor previsto para 2025?

O valor varia de acordo com o benefício ou salário recebido pelas pessoas que podem tirar empréstimos consignados, que normalmente são aquelas com vínculos com o INSS, com pensões e aposentadorias, ou ainda os salários pagos aos funcionários públicos que estão na ativa.

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Como uma grande parcela da população brasileira recebe seus benefícios e salários através do INSS com base no mínimo nacional, as margens do consignado costumam acompanhar, com bastante frequência, as mudanças anunciadas.

Como o valor do salário-mínimo normalmente muda todos os anos, com aumentos confirmados pelo governo, tanto aqueles considerados como ganhos reais como aqueles destinados apenas a corrigir a inflação de um determinado período, o valor da margem do consignado também pode mudar todos os anos.

O governo federal ainda não confirmou qual será o valor do salário-mínimo para o ano de 2025, mas alguns rumores já começaram a surgir, o que faz com que as especulações relacionadas ao valor da margem do consignado também comecem para esse público.

O que é a margem do consignado?

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Antes de entender como esse valor poderá mudar a partir do próximo ano, é importante conhecer melhor o funcionamento do sistema. Essa foi uma trava criada pelo governo que tem como principal objetivo evitar que as pessoas comprometam toda a sua renda com o pagamento de parcelas de empréstimos consignados.

Todos os consumidores possuem a liberdade de gastar seu dinheiro da forma como acharem mais interessante. Mas o governo federal chegou à conclusão de que seria fundamental ter uma trava de segurança, justamente para impedir que aposentados e pensionistas ficassem completamente sem dinheiro com os pagamentos das parcelas.

Uma das principais características do empréstimo consignado é o fato de o valor das suas parcelas ser descontado diretamente da folha de pagamentos do beneficiário. Nesse caso, o INSS repassa os valores diretamente ao banco ou à instituição financeira que concede o empréstimo e desconta do benefício antes de ele ser disponibilizado em conta.

A margem define uma porcentagem máxima do benefício que pode ser comprometida com os pagamentos das parcelas desses contratos de empréstimos. Essa porcentagem leva em consideração todas as operações que as pessoas tiverem, podendo ser um único empréstimo ou diversos somados.

Quando o beneficiário ou aposentado recebe o valor de salário-mínimo, a margem acaba sendo fixa, variando de acordo com o reajuste. Mas, para as pessoas que ganham mais do que um salário-mínimo, o valor de reajuste depende justamente desse valor.

Para que serve a margem do consignado?

Como mencionado anteriormente, a margem do consignado, em um primeiro momento, pode ser vista como uma interferência direta do governo para impedir que as pessoas obtenham os empréstimos que desejarem ou precisarem. Mas a medida se faz necessária até mesmo para evitar problemas sociais advindos do chamado superendividamento, que ocorre justamente quando as pessoas comprometem boa parte da sua renda com o pagamento das dívidas.

O governo entende que os benefícios do INSS e também os valores pagos como aposentadoria devem ser utilizados para que as pessoas consigam pagar pelas suas necessidades básicas, além de adquirir os itens que desejarem. Mas, quando existe um comprometimento com o pagamento de parcelas de serviços bancários, as pessoas simplesmente podem ficar sem dinheiro para pagar pela sua alimentação, por exemplo, ou ainda para pagar pelas contas de consumo básico, como água, luz, telefone, etc.

Como os empréstimos consignados são pagos em um período de tempo maior do que outros tipos de empréstimos, a margem acaba sendo importante também para que as pessoas tenham a capacidade de pagamento de outras necessidades que vão surgindo ao longo do período.

A margem vale para todos os tipos de empréstimos?

Essa trava de segurança, de acordo com a legislação sobre o tema, é específica para os empréstimos consignados do INSS. Esses valores acabam sendo concentrados em um sistema específico, que deve ser utilizado por todas as instituições financeiras que oferecem empréstimos e crédito com desconto em folha dessa instituição.

Portanto, quando estamos falando em margem do consignado do INSS, estamos falando especificamente dos empréstimos tomados pelas pessoas que recebem esses benefícios e aposentadorias do órgão administrado pelo governo federal. Mas isso não impede que a mesma regra seja adotada por outras instituições.

Servidores públicos estaduais e municipais, por exemplo, podem acabar sendo enquadrados em regras específicas relacionadas às margens liberadas como consignado para essas pessoas. Nesse caso, os valores podem ser maiores ou menores, mas essa margem está presente em praticamente todos os contratos feitos nesse formato.

O que acontece, na grande maioria dos casos, é que esses outros órgãos realmente sigam a mesma regra adotada pelo INSS, definindo como 35% ou 40% a margem total para os empréstimos.

Vale ressaltar também que os bancos podem levar essas informações em consideração no momento em que estão analisando a possibilidade de liberar outras linhas de crédito. E isso acontece basicamente em virtude do superendividamento com serviços bancários de forma geral, aumentando a chance de inadimplência.

Os bancos possuem acesso às informações e aos dados relacionados aos contratos ativos de empréstimos e de linhas de crédito. Ao identificar que a pessoa já está com boa parte da sua renda comprometida, é provável que eles não liberem mais empréstimos.

Quanto deve ficar o salário-mínimo para 2025?

De acordo com as informações e com as notícias que estão circulando em relação ao valor do salário-mínimo para o ano de 2025, existe uma projeção de que o valor passe a ser de R$ 1.521,00. A definição desse valor leva em consideração justamente as regras que estão previstas atualmente.

Essa estimativa considera uma atualização na previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para corrigir o piso salarial nacional. Inicialmente, o governo projetou que o salário-mínimo seria de R$ 1.509,00, conforme o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), com base em uma estimativa do INPC de 3,82% até novembro de 2024.

Mas alguns especialistas em economia sugerem que esse valor acabe sendo maior. Existe uma expectativa de que o cenário no qual o INPC alcance 4,66% resultaria em um aumento do salário-mínimo para R$ 1.521,00. Esse valor representa um acréscimo de R$ 12,00 em relação à previsão oficial e de R$ 109,00 em relação ao valor atual de R$ 1.412,00.

Mas, mesmo seguindo as regras previstas, o governo ainda acaba tendo liberdade para definir qual seria o valor mais indicado para o salário-mínimo, de acordo com o orçamento previsto para o próximo ano. Esse valor é muito impactante, justamente por ter influência nos valores pagos a aposentados, pensionistas, entre outros.

Quanto deve ser a margem do consignado?

De acordo com as informações que projetam um novo valor de salário-mínimo para 2025, estimado em R$ 1.521,00, é possível prever a próxima margem do consignado para as pessoas que recebem esse valor como benefício ou aposentadoria.

Como não há mudança prevista nas regras referentes à margem do consignado, que está fixada em até 35% (para empréstimos, sem levar em consideração outras modalidades de consignado), o valor da margem ficaria em R$ 532,35.

Atualmente, para os beneficiários do INSS, a porcentagem da margem consignável está distribuída da seguinte forma:

  • 35% para empréstimos consignados;
  • 5% para cartão de crédito consignado;
  • 5% para cartão benefício consignado.

Quando comparado à margem praticada atualmente, o novo valor representaria um aumento de R$ 38,15. Esse acréscimo pode ser diretamente refletido na parcela paga pelo empréstimo.

O que acontece com o aumento da margem do consignado?

O aumento da margem do consignado é relevante tanto para os clientes quanto para as instituições financeiras. Como os empréstimos consignados geralmente são linhas de crédito com prazos mais longos de pagamento do que outros tipos de crédito, o aumento da margem se traduz em novas oportunidades de negócios para os bancos e maior acesso a recursos para os consumidores.

Esse incremento beneficia, principalmente:

  • Aqueles que já possuem um crédito consignado ativo, mas estão sem margem disponível para novos empréstimos.
  • Pessoas que ainda não possuem empréstimos consignados e desejam utilizar essa modalidade a partir do próximo ano.

Dicas para aumentar a margem do consignado disponível

Mesmo com os limites definidos pelo governo, as pessoas interessadas em aumentar sua margem para conseguir novos empréstimos podem adotar algumas estratégias:

  • Mantenha seus dados atualizados junto ao INSS: Alterações ou atualizações recentes nos valores recebidos podem influenciar na margem disponível.
  • Quite empréstimos vigentes: Muitas instituições financeiras oferecem condições especiais e descontos para quitação antecipada, liberando margem para novos contratos.
  • Consulte especialistas: Profissionais especializados podem ajudar a revisar cálculos de margem, verificar se os valores descontados estão corretos e identificar possibilidades de otimização.
ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.