Como calcular os juros do empréstimo? Saiba o valor efetivo da dívida

Informação é fundamental para entender quanto, de fato, será pago pelo dinheiro obtido.

Publicado em 22/05/2025 por Rodrigo Duarte.

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Todo empréstimo ou financiamento adquirido junto a um banco ou uma instituição financeira acaba tendo um custo. As taxas de juros aplicadas, basicamente, acabam sendo a forma de remuneração dessas empresas, que liberam uma determinada quantia de dinheiro ao longo de um determinado tempo e cobram por isso.

Como calcular os juros do empréstimo? Saiba o valor efetivo da dívida
Créditos: Divulgação

Alguns empréstimos acabam sendo mais caros e outros mais baratos. São diversos os fatores que influenciam quanto um determinado banco vai, de fato, cobrar, incluindo o próprio modelo de negócios da empresa, a média do mercado, o perfil financeiro do cliente, o tempo que esse dinheiro vai demorar para retornar ao credor, dentre outros.

Para saber quanto, de fato, o cliente vai pagar pelo empréstimo que foi solicitado, é muito importante que as pessoas aprendam a fazer o cálculo dos juros. Mas nem sempre o cidadão comum, que não se especializou ou estudou o tema, sabe fazer essa conta.

Aprenda mais sobre o que são os juros dos empréstimos e confira também como fazer essa conta.

Quais são as taxas que podem ser cobradas em um empréstimo?

Antes de mais nada, é muito importante entender quais são as taxas que podem ser cobradas a partir do momento em que o cliente de um banco ou de uma financeira solicita um empréstimo. Além dos juros cobrados, existem outras cobranças que acabam sendo feitas e que compõem o valor final das parcelas e do valor final que será pago.

Dentre as taxas mais comuns e que normalmente são encontradas em um empréstimo, estão:

IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) – Um imposto que é cobrado diretamente pelo governo federal e que acaba sendo uma porcentagem fixa sobre o valor da operação. Esse valor acaba sendo cobrado de operações como crédito, câmbio, seguros, cartões de crédito, títulos e valores mobiliários.

Seguros – Alguns empréstimos podem ser oferecidos junto com seguros, que acabam oferecendo algumas garantias, incluindo a de pagamento do empréstimo ou de alguns valores, caso a pessoa passe por uma situação financeira desfavorável ou caso o solicitante do crédito venha a falecer. Mas é importante salientar que o seguro nunca deve ser considerado como obrigatório.

Como funciona a cobrança de juros dos empréstimos?

Para entender melhor como um empréstimo acaba sendo cobrado, é importante compreender o sistema que acaba sendo utilizado pela grande maioria dos bancos ao oferecer empréstimos, que é chamado de juros compostos. Basicamente, isso significa que serão cobrados juros sobre juros, sendo somados aos juros acumulados do valor que ainda não foi pago.

Por isso, normalmente os juros acabam sendo cobrados ao mês. Por exemplo, se em um primeiro momento a pessoa tira um empréstimo de R$ 3 mil, que será pago em 10 meses e tem juros de 3% ao mês, o valor total do empréstimo será de R$ 3.516,90, e este será dividido em dez parcelas de R$ 351,69.

Exatamente por isso o valor do empréstimo acaba se tornando muito mais elevado a partir do momento em que as pessoas escolhem planos de pagamento muito extensos. Quanto mais tempo o valor demora para ser completamente quitado, mais juros vão sendo cobrados.

Mas como os empréstimos acabam sendo cobrados em parcelas fixas, a partir do momento em que a pessoa seleciona uma determinada modalidade de contrato, todo o cálculo acaba sendo feito levando em consideração que os pagamentos das parcelas serão feitos até as datas acordadas.

Como saber quanto um empréstimo vai custar?

As fórmulas de cálculo podem realmente ser muito complexas, e muitas pessoas simplesmente não vão conseguir fazer essa conta no momento em que estiverem pedindo um empréstimo no banco. A grande maioria se concentra apenas no valor da parcela que será paga mensalmente, já que esse valor deverá caber no orçamento disponível.

O problema é que, ao assumirem empréstimos muito caros, as pessoas comprometem bastante o seu poder de compra ao longo de um grande período de tempo. Mas, para que tenham plena consciência do que estão contratando e quanto terão que pagar, de forma definitiva, pelo empréstimo, existe o CET.

CET é a sigla para Custo Efetivo Total e representa, basicamente, o valor total da dívida a partir do momento em que o cliente assina um contrato de empréstimo. Já há alguns anos o Banco Central exige que essa informação seja apresentada de forma clara para os clientes antes que eles concordem com o contrato.

No CET devem estar inclusas todas as taxas que estão sendo cobradas, assim como os juros do empréstimo, desde que os pagamentos sejam feitos em dia. Além disso, esse contrato também deve conter todas as informações referentes às taxas de juros e às multas que serão cobradas a partir do momento em que o pagamento estiver atrasado.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.